segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Filmes que me marcaram 2008

1 - O Selvagem da Motocicleta
1 - Asas do Desejo
3 - Paris, Texas
4 - Metropolis
5 - Amantes Constantes


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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Cap. 39 - Representação

Era fundamentalmente bela a pintura daquela que corria para a montanha procurar flores. Renegado o amor, dizia um homem admirável, só resta a arte de relevante. E aquilo não era arte, era unicamente fantasia. As sombras pintadas sem objeto em molduras junto com notas musicais seriam artísticas, mas eram o retrato de uma vida.
O real não pode ser duplicado, sob pena de perder-se.
A mentira deve ser multiplicada para perder-se, mas seria algo como a alegria mais triste que a própria tristeza.
Para nós. Para todos. O céu azul nos protege do ar do espaço que é morto. Para ele houve noites belas em que se desejava respirar as passagens de um Noturno para que o ar passasse a representar alguma coisa que ele se importasse.
Uma coisa a mais: em apenas algumas noites belas, onde também respirava-se as passagens ultra-românticas, uma mocinha vendia maçãs. Nada de significativo.
Um dia ele riu de si mesmo, foi quando percebeu que toda a representação nada representava, e que na busca do amor nem mesmo nas suas maçãs - que ele havia previamente comprado da mocinha bonita - havia amor.
Não era engraçado, era apenas verdade de que se sofria da única tristeza verdadeira. Na verdade tudo se confundiu em esperanças fuziladas.

sábado, 19 de julho de 2008

Como é difícil ser livre. Prisões:

Medo da morte
Aceitação
Verdade e mentira
Segurança
Tantas outras, tantas.

Todos os momentos desprendidos em conceitos que nos trancam. Uma saída? Bem, Jesus não leu "Como não morrer na cruz". Ah, as tristes sinas. Relativismo, distância, agnosticismo são apenas maneiras de enganar a si mesmo. É como a visão cega para a ave de rapina que briga contra sua natureza.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Cap. 38 Manco

Algumas perguntas parecem as vezes foram de ordem para mim. Tais perguntas soariam mais interessantes com uma resposta que fosse inesperada.

Vida eterna? A morte é eterna, a vida é o único momento em que...

A frase certa, como se h0uvesse, é que outra coisa diferente da única vida conhecida não será vida.

Não vejo muita razão nas perguntas espirituais quando poucos se perguntam: "Há vida depois do Amor?"

Pessoalmente acredito que nos tornamos cachorros mancos. O fruto não colhido.

E como se houvesse certezas, certo e errado, e qualquer contradição explica-se mesmo sem querer.

O manco trafega na rua e na rua ele trafega. A imagem é feia. E se ele estivesse no Jardim Botânico? A pena, a repulsa. O não colhido perde seu propósito com o não, ou o chão?

E quanto a não existência ou seria a morte antes da vida?  Tanto faz, tanto faz. Se infinitamente buscarmos respostas, o universo replicará que as coisas são porque são, reduzindo-nos a ser apenas parte de uma estrutura mecânica. Mas a questão nos faz esquecer do que é fato. O importante é esquecer palavras como importância.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Filmes

Tentarei colocar a cada +- 15-20 dias os filmes que assisti. É uma idéia antiga, mas que finalmente vou executar. Os filmes que vi até aqui (provavelmente falta uns 2 ou 3).

 

"Kedma", de Amos Gitai
"Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", de Woody Allen
"Nashville", de Robert Altman
"A outra", de Woody Allen
"Dirigindo no Escuro", Woody Allen
"Os Amantes", Jonh Cassavetes
"Vergonha", Ernst Ingmar Bergman
"A Paixão de Ana", Ernst Ingmar Bergman
"Torres Gêmas", de Oliver Stone
"Ironweed", de Hector Babenco
"O Grande Lebowski", dos irmãos Cohen
"Na Roda da Fortuna", irmãos Cohen
"Borat", de Larry Charles
"Manderlay", de Lars von Trier
"Edward Mãos de Tesoura", Tim Burton
"Uma Verdade Inconveniente", Davis Guggenheim
"Medos Privados em Lugares Públicos", de Alain Resnais
"Onde Os Fracos Não têm Vez", irmãos Cohen
"A Malvada", de Joseph L. Mankiewicz
"Guarrincha, A estrela solitária", de Milton Alencar

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Tolices 4: Mentir

Distorcemos a realidade para adequa-la a nossa concepção. Eles a tornam ficcional para os outros e sinceramente acreditam que esconder a verdade é melhor que mentir. Talvez porque ficções são quase que naturalmente mentiras. Tal qual os deuses mais antigos eram apenas titãs, ...

sábado, 26 de janeiro de 2008

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Cap. 37 Luminárias

No jardim secreto as luminárias chinesas fazem perder a noção de tempo e espaço. Lá não há sombras. Revejo a cena, a artista dos objetos desenha seus mil rascunhos. O que poderia ser? Quem sabe um coração artificial que seja útil para redescobrir o amor e o ódio. Quem sabe uma máquina de pensar. Quem sabe um gravador de sonhos.

 

Um coração arificial talvez eliminasse a paranoia, o medo do medo. A máquina de pensar talvez nos impedisse de reescrever páginas em branco quando tudo que temos é um falso fim. O gravador de sonhos talvez criasse um novo culto, substituindo a nossa adoração inconsciente à morte. Com tais máquinas, a realidade seria onirica. As uvas já seriam fermentadas, as nuvens seriam de algodão, as meninas olhariam para rapazes como eu.

 

Estou olhando as pessoas atavés de um prisma. Elas estão quebradas, estranhas e infinatamente mais interessantes. Parecem leves como seda. É quase possivel visualizar a alma. Mas o diálogo que se prossegue é o mesmo de sempre, com suas banalidades, desimportâncias. A repetição é retundante. Sem distrações todos são desinteressantes, já que a artista é muda e feia.

 

A decepção faz querer parar de respirar. Quase não se respira quando se tenta não respirar. Não, não é tentativa de morte. Poucos sabem, mas é impossível morrer simplismente tentando não mais respirar. O desmaio que talvez se suceda talvez nos traga de volta a realidade onírica para distribuir pílulas com questões filosóficas.

 

Na primeira pílula estaria escrito: "Na terra dos porcos voadores, o contrário da vida não é a morte, é sim, o perder-se. Sonhar e não se lembrar. Cultivar sombras."